A Sociedade Martins Sarmento é uma instituição cultural e científica de utilidade pública, sem fins lucrativos, fundada em Guimarães em 1881 em homenagem ao arqueólogo e etnógrafo vimaranense Francisco Martins Sarmento, cujos estudos científicos atraíram para Guimarães a atenção dos principais centros da cultura europeia do seu tempo.
A sede da SMS ocupa o claustro gótico e o jardim do extinto Convento de S. Domingos e um imponente edifício concebido no início do séc. XX pelo Arquitecto Marques da Silva, cuja edificação foi concluída em 1967, com projecto complementar dos Arquitectos Maria José Marques da Silva e David Moreira da Silva.
O Museu da SMS é um dos mais antigos e mais importantes museus arqueológicos portugueses. Foi instituído em 1885, com o espólio desenterrado por Martins Sarmento nas prospecções que realizou na Citânia de Briteiros, no Castro de Sabroso e em inúmeros sítios arqueológicos do Noroeste de Portugal. Ao longo do tempo, foi enriquecido com os achados de escavações que promoveu e com diversos legados, possuindo hoje um acervo ímpar no contexto da Cultura Castreja do noroeste peninsular. Para além das colecções de arqueologia, o Museu da SMS possui importantes colecções de etnografia, numismática e arte contemporânea.
A Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento dispõe de perto de cem mil volumes, destacando-se o fundo de livro antigo, de dimensão e qualidade excepcionais, e o Fundo Local, que integra praticamente tudo o que se tem publicado em Guimarães, sobre Guimarães ou de autores vimaranenses, para além de importantes fundos especializados em áreas como a história, a arqueologia, a etnografia, a medicina, o direito, a religião. Dispõe ainda de uma vastíssima colecção de revistas científicas, nacionais e estrangeiras.
A hemeroteca da SMS integra as colecções dos jornais editados em Guimarães desde 1822.
No arquivo documental da Sociedade Martins Sarmento estão depositadas cerca de trinta mil peças, sendo as mais antigas do século XII, com realce para uma importante colecção de pergaminhos e para o Foral de Guimarães de 1507, para além dos espólios de diversos investigadores e escritores (Martins Sarmento, Abade de Tagilde, Albano Bellino, João de Meira, João Lopes de Faria, etc.).
A SMS tem sob sua responsabilidade a guarda, conservação e a supervisão técnica e científica das estações arqueológicas da Citânia de Briteiros e do Castro de Sabroso. É também proprietária dos seguintes monumentos arqueológicos: Mamoa de Donai (Bragança), Dólmen de Pera do Moço (Guarda), Gruta pré-histórica das Coriscadas e Penedo de Cuba (de Marco de Canaveses), Forno dos Mouros e Laje dos Sinais (Barcelos), Mamoa da Bouça da Agrela ou da Gândara, Mamoa da Bouça Nova, um penedo com círculos concêntricos e de um penedo com fossettes (Guimarães).
O órgão da SMS é a Revista de Guimarães, uma das mais antigas e prestigiadas publicações periódicas de carácter científico portuguesas (publica-se desde 1884).